terça-feira, 23 de agosto de 2016

FLID 2016 - Festa Literária de Divinópolis


Divinópolis é terra de Adélia Prado e temos grande orgulho desta escritora maravilhosa.
Adélia Prado marcando presença na 3ª edição da Festa Literária, imagem de divulgação do site oficial da FLID.
Também é terra de tantos outros talentos que vimos surgir ao longo dos anos.
A Guliver Editora, nas pessoas de seus sócios: Daniel Bicalho, Joubert Amaral e Juarez Nogueira apostam em jovens talentos, além de autores já conhecidos.
Na foto a equipe que faz a festa acontecer: Denise Arantes ao lado do marido Daniel Bicalho, Juarez Nogueira e Joubert Amaral. Imagem de Douglas Fernandes para divulgação do site oficial da FLID.
Mas estes meninos são ambiciosos, ousados e determinados e decidiram que o trabalho deles deveria ser coroado com um grande evento que envolvesse não só os autores, mas também o público.
Então, somou-se à arte literária, o teatro, a música, a dança e o que já era bom, virou uma grande festa, a maior e melhor de toda nossa Divinópolis.
Realizada pela Editora Gulliver e a Boutique do Livro, com base na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a FLID propõe-se a criar um espaço de convivência com a literatura. Esta edição, homenageia o popular “Pai de Divinópolis” Pedro X Gontijo.
Fernando Gontijo Camillo não mediu esforços para lançar uma revista com textos à altura deste grande personagem, de enorme importância no desenvolvimento inicial para a história de Divinópolis.
Na imagem, ao lado de Ricardo Welbert do G1, Fernando G. Camillo, exibe boneco do homenageado: Pedro X. Gontijo.
Aproveito a oportunidade para saudar e parabenizar os criadores, organizadores, patrocinadores, colaboradores e à todos que participaram deste encontro que celebra a 'palavra'.
Palavra escrita, cantada e encantada nos livros, nas letras das músicas, no desenrolar das histórias, nos bate-papo dos convidados e nas perguntas dos ávidos ouvidos à espera de 'alimento para alma', segundo nossa poetisa, Adélia 'querida' Prado!
A FLID colocou Divinópolis no circuito nacional de eventos de literatura e já está construindo suas histórias.
Depois do encontro de Cris Guerra e Leila Ferreira, na edição do ano de 2015, nasceu uma bonita amizade e de uma troca de e-mails, resultou um livro que está fazendo grande sucesso.
Elas falaram sobre o livro: 'Que ninguém nos ouça' e comoveram uma platéia que entre lágrimas e risos, se sentiram como em uma conversa de velha e boa amizade.
Imagem do blog DZnho.
Neste ano, o encontro que firmou proposta de livro em parceria foi de: Conceição Evaristo e Daniel Munduruku, é o clima de uma festa tão linda, em que todos se sentem acolhidos e prestigiados, assim nascem parcerias e amizades.
Daniel e Conceição, que dividiram o palco e fizeram a promessa de um livro em dupla, como à exemplo de Cris e Leila. Imagem do blog DZnho.
Com mais de sessenta atrações, os idealizadores tiveram o cuidado de escolher uma programação eclética que agradasse os mais variados gostos e todas as idades.
Vamos mostrar um pouquinho do que vimos lá na Usina Gravatá entre os dias 18 e 21 deste Agosto de 2016:
Na imagem: Pierre André e a Carroça de Histórias.
E tinha criança de toda idade, de 8 a 88, porque a gente volta mesmo no tempo e é uma delícia!
A criançada foi ao delírio no domingo pela manhã e além do lançamento de livros, teve também: O Clown e a Oficina de Tambores (imagem abaixo) e a Trupe Maria Farinha.
Imagem por Denilson Gualberto para o site oficial da FLID.
Outro momento que mexeu com os pequenos foi o papo com Jim Anotsu, que falou sobre o universo de minecraft, o jogo de videogame que os meninos e as meninas também adoram, por que não? Até eu já joguei.
Imagem por DZnho
Na abertura, foi a vez de Fernanda Takai 'em cantar', mas também de se emocionar com a homenagem feita pelo coral Uirapuru Canto Livre, dirigido por Gê Lara e Roberta Machado.
A simpatia de Fernanda Takai pelas lentes de Douglas Fernandes para o site oficial da FLID.
Aqui ao lado de algumas garotas do coral
Não foi só Fernanda Takai que se emocionou com o Uirapuru Canto Livre, com participação de Renato Saldanha ao violão, mas todo o público presente...lindo...lindo!
E chegou a vez dos adolescentes ou melhor dizendo, das adolescentes. Quando Paula Pimenta entrou no palco para o bate-papo, as garotas foram ao delírio.
Na imagem, Juarez Nogueira no bate-papo com Paula Pimenta, registrado por Douglas Fernandes.
Seria injusto com os garotos, se Carlos Ruas não marcasse presença.
Então aí está ele, em uma divertida troca de ideias.
Outro momento delicioso, foi o papo descontraído com os outros rapazes.
Estiveram no palco para o bate-papo, um nordestino arretado, do Crato-região do Cariri- que fugiu da roça e virou um dos meninos do GNT. Ele mesmo, Xico Sá, uma figura ímpar.
Na imagem, Xico Sá autografando livros no espaço aberto da FLID.
E fazendo selfie com Welber Skaull, que lançou álbum de figurinhas contando um pouco da história de nossa 'Terra do Divino'.
Olha o álbum aí!!!
Outro papo leve e cheio de boas risadas foi com Fabrício Carpinejar, gaúcho tchê, garoto tri legal.
Na imagem do blog DZnho, Carpinejar ao lado de Juarez nogueira, mediador dos bate-papos e curador da FLID.
Não poderíamos deixar de contar que houve o relançamento do jornal 'Vossa Senhoria'.
E vamos encerrando com um músico da terra, Túlio Mourão, um ex mutante, se é que um mutante pode ser ex...será?
Aqui com Chico Amaral e Márcio Borges, cantando e contando histórias sobre o Clube da Esquina.
É claro que teve muito mais, mas...impossível contar tudo.
Posso dizer, que foi tudo tão bom, tão lindo e tão bem cuidado. Quero mais uma vez, cumprimentar aos donos da festa: o público e os criadores e organizadores do evento: Daniel e Denise Bicalho, Joubert Amaral e Juarez Nogueira, você arrasaram!
Adorei encontrar tantos amigos e conhecer pessoas novas e quero convidar a todos para fazer parte desta festa no próximo ano, Divinópolis fica em Minas Gerais, próximo a capital-Belo Horizonte.
Deixo o registro de minha presença, junto de Sônia Terra, do Jornal Agora, um dos apoiadores desta festa e aí está toda a programação para você conferir.
Se quiser ver mais, e eu recomendo que veja, acesse a FLID- Festa Literária de Divinópolis, pelo facebook.
Te vejo na próxima FLID?
Na imagem, Cláudia Amaral-Blog DZnho e Sônia Terra-Jornal Agora.

sábado, 13 de agosto de 2016

DW - Casa Cor Arte & Design - MADE - 3XDesign


São Paulo movimentada pela arte e o design, em uma semana que deu o que falar...Com curadoria da Bamboo, DW! - Weekend Design termina amanhã.
A CASA COR Arte & Design está inserida no circuito da 'DW'- semana do design, que ainda está acontecendo desde o dia 9 e que se encerra, amanhã - 14 de agosto.
A marca apresenta a primeira edição da CASA COR Mostra Arte, um conjunto de pinturas, fotografias, aquarelas e desenhos assinados por profissionais que estão sempre presentes nas edições de CASA COR.
São obras inéditas e mostram um outro talento destes arquitetos e designers que são conhecidos pelos ambientes maravilhosos que desfilam pela mostra em todo o país.
Entre eles, estão: Aldi Flosi, Antonio Ferreira Junior, João Migotto, Juan Guerra, Yuri Serodio, Patrícia Anastassiadis, Rafael Renzo, Renato Andrade, Ricardo Minelli, Roberto Cimino e Túlio Xenofonte.
Fotografias de Juan Guerra
Wesley Lemos e Roberto Cimino
(As imagens de divulgação de Casa Cor Arte & Design são de Rafael Renzo)
A Casa Cor A&D acontece até amanhã, dia 14/08/2016 - Domingo das 12h às 20h.
Jockey Club de São Paulo - Av. Lineu de Paula Machado, 1.173 (vallet no número 1.263) - Cidade Jardim, São Paulo.
A Made tem curadoria por Bruno Simões, que seleciona o portfólio dos participantes da mostra e apresenta um design colecionável com foco no desenho autoral e que agora começa a envolver as artes plásticas no processo criativo de jovens talentos.
O PAPER MADE apresenta artistas que trabalham com o papel na a base de suas criações e que ainda não estão inseridos nas grandes galerias de arte.
Eu vou abrir um parêntese aqui, antes de entrar no 3XDesign, para puxar a sardinha para minha lata e mostrar o lançamento da linha Kashmir, com desenho de Márcio Cecílio, fundador da marca.
E agora...
Por que 3 X(vezes) Design?
Porque foram escolhidas três regiões/ lugares para mostrar suas produções artísticas.
O arquiteto e jornalista, Pedro Ariel Santana é o idealizador da mostra e convidou o designer catarinense, Jader Almeida para projetar e ser o curador de uma destes pavilhões.
O Pavilhão do Brasil Industrial, que foca na produção em grande escala para atender um mercado com grande demanda.
Com uma montagem belíssima, podemos perceber o domínio da curvatura em madeira, um traço marcante do design nacional no mobiliário.
E também de nos orgulhar de marcas, hoje conhecidas mundialmente, como a malharia da Hering e as sandálias Havaianas.
O Pavilhão da Itália tem curadoria de Ricardo Bello Dias.
Além de uma seleção de produtos assinados por designers como Achille Castiglioni, Alessandro Mendini, Antonio Citterio, Maurizio Catelan, Patricia Urquiola, Piero Lissoni, Studio Pinifarina, entre outros, uma linha do tempo conta a história do desenvolvimento do trabalho de grandes clássicos de design italiano.
A história compactada sobre a procura do belo na Itália, nos últimos 100 anos, traz, Piero Portaluppi - 1888/1967, Gio Ponti - 1891/1979, Bruno Munari - 1907/1998
Temos ainda, Vico Magistretti - 1920/2006, Joe Colombo - 1930-1971 e Enzo Mari - 1932
E por último, o pavilhão do Cariri ou Brasil Profundo, porque na região habitada pelos índios cariris no sertão do nordeste, é onde se encontra preservada muito das raízes de um artesanato primitivo, autêntico, um retrato cultural de um povo que usa as mãos para produzir arte.
A curadoria do Pavilhão do Cariri é da arquiteta, Ana Virginia Furlani, que retrata a força cultural da região passando pela arte manufaturada em madeira, cerâmica e papel.
A arte dos nomes consagrados do Cariri, como Mestre Manoel Graciano, Mestre Diomar Dantas, Mestre Nino, herdeiros de mestre Noza, está presente no pavilhão.
O trabalho de Mestre Zé Lourenço, com a técnica da xilogravura e as histórias de Cordel
Zé Lourenço
Tem ainda a arte de Espedito Seleiro e seus arabescos com taxas, um nome que esteve ligado recentemente aos Irmãos Campana, na coleção 'Cangaço'.
Quero ressaltar também a crença religiosa deste povo, em especial o culto ao Padre Cícero, líder religioso e político morto há mais de 80 anos.
Numa visão que desde há muito tempo já se adiantava em como deveria ser o modo correto para se viver em harmonia com todo nosso planeta, porque acredito que toda produção artística tem que se preocupar com a sustentabilidade desta terra tão linda, mas anda tão castigada por um modo de viver inadequado.
Me despeço, deixando aqui os preceitos de Padre Cícero, para que todo nós repensemos numa forma de coexistir com o mundo, para que ele continue belo.
Abaixo, imagem de Padre Cícero feita pelas mãos de Mestre Noza.
1. – Não derrube o mato nem mesmo um só pé de pau.
2. – Não toque fogo no roçado nem na caatinga.
3. – Não cace mais e deixe os bichos viverem.
4. – Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer.
5. – Não plante em serra acima nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza.
6. – Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água de chuva. Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta.
7. Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta.
8. – Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só.
9. – Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca.
10. Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá o que comer. Mas se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.
Não só o sertanejo, mas todos os povos, em todo o planeta, deveriam seguir estes sábios conselhos.
Corremos o risco do mundo inteiro se tornar um deserto ou ao menos um semi-árido e isto em pouco tempo, se ações concretas não se tornarem hábitos corretos.