sábado, 29 de outubro de 2016

As esculturas flutuantes de PETER GENTENNAR.


Assim que coloquei meus olhos nestas formas, me lembrei do traço desconstrutivista da arquiteta iraquiana, Zaha Hadid.
OBRAS DE ZAHA HADID
Senti que havia uma linguagem semelhante entre as formas, talvez uma fluidez ou uma referência a organismos vivos, algo que me lembrou algas marinhas ou plantas subaquáticas...acho que viajei (risos).
Isto é bom sinal, quando acontece é porque alguma coisa me 'pegou de jeito', mexeu comigo...
E como prendeu minha atenção, fiquei tentando identificar se tratava-se de papel ou de tecido plissado.
Você tem um palpite?
Se apostou em papel, acertou!
São esculturas em papel de Peter Gentennar, um artista holandês nascido em 1946 em Rijswijk.
PETER E SUA MÁQUINA DE FAZER PAPEL.
Gentennar estudou desenho, pintura, escultura e gravura na Academia Livre de Haia.
Fez curso em Milão com Marino Marini, na Accademia di Brera e Mestrado em gravura na California College of Arts & Crafts em Oakland.
A procura por um papel que não encontrava no mercado, acabou por estimular a produção de sua matéria prima e pra isso, ele mesmo projetou um batedor de celulose.
Gentennar conseguiu uma textura ao mesmo tempo delicada e resistente, que ao ser reforçada por nervuras de bamboo, resultou em um efeito inesperado e interessante.
No processo de secagem, a pasta de papel chega a encolher por volta de 40% de seu tamanho original e as formas se assemelham às folhas se desidratando no outono.
É que da diferença das forças distintas do papel e da fibra de bamboo, surge uma tensão que produz formas esculturais.
Suspensas entre os arcos góticos da estrutura secular (construção de 638), da Abadia Francesa de St. Riquier, as esculturas parecem flutuar como água-vivas em um mar de calcário branco.
Foram mais de cem peças compondo a instalação artística de Peter Gentennar, em comemoração da 25ª edição do festival de música clássica de St. Riquier.
Gostou?
Eu achei lindíssimas e já fiquei imaginando o efeito de tudo isto valorizado por uma iluminação cênica....viajei de novo!!!
Abraços e até a próxima...viagem...(risos).

sábado, 22 de outubro de 2016

ARTHUR DE MATTOS CASAS - A clareza de um pensamento


O Studio Arthur Casas é uma equipe de designers, arquitetos e urbanistas que se divide entre São Paulo e Nova Iorque, com obras em diversas cidades do mundo como Tóquio, Paris, Rio de Janeiro, NY e São Paulo, criando um novo conceito para arquitetura em cada desafio que se apresenta em forma de projeto.
Imagens de um projeto para casa de fazenda em Porto Feliz|SP.
Com uma série de premiações mundo afora, destacamos o prêmio: 'International Store Design Awards 2012', com o projeto para a loja de vinhos Mistral, em Nova Iorque.
E a escolha no concurso para projetar o Pavilhão Brasileiro na EXPO 2015, que aconteceu em Milão, destaque na imprensa Italiana, como um dos cinco mais visitados na feira.
Arthur de Mattos Casas formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie de São Paulo em 1983, período complicado, segundo suas palavras, para a profissão no país.
A demanda imobiliária de construtoras ditava um rumo, que não era o que ele havia planejado para sua carreira e assim, ele iniciou seus trabalho com interiores.
Imagens de apartamento na Urca|RJ.
O trabalho se estendeu ao design, devido ao fato da importação de produtos naquela época ser financeiramente inviável, o que estimulou a produção nacional.
Imagem do Cobogó Croche.
Imagem do Cobogó Votú, lançamento na Revestir|2016, ambos assinados por Arthur Casas
CURIOSIDADE:Cobogó são elementos vazados, que possibilitam ventilação e luminosidade, com certa privacidade. Seu nome se deve às iniciais dos sobrenomes de três engenheiros que foram os autores da criação: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de is, que no início do século XX, trabalhando juntos na cidade brasileira do Recife, criaram o elemento construtivo, que hoje é vastamente explorado em todo o mundo.
A arquitetura só se mostrou mais presente no escritório a partir de 95, até então se limitava às intervenções em reformas, que tinham o foco no design de interiores.
Imagem apartamento Barra|RJ.
Imagem apartamento Nova Iorque|EUA.
Hoje somente 30% do volume de trabalho do escritório é para interiores, a grande parte do trabalho é a mais pura e genuína, arquitetura.
Casas projetadas por Casas
Arthur Casas define arquitetura como harmonia, ele diz que é preciso encontrar um oásis (é marcante a presença da água e do verde) em meio ao caos e assim, cada lugar direciona o trabalho para um ponto diferente.
A arquitetura precisa proporcionar bem estar, então o trabalho começa de dentro para fora.
Imagens do Restaurante KAA|SP.
Ainda trabalhando na prancheta, tem uma consciência de que a forma como ele pensa arquitetura é distinta da maneira como seus atuais colaboradores no escritório, vivem a prática de projetar.
A inteiração entre as gerações de profissionais é o elo que gera um ganho para todos, experiência enriquecedora, como em qualquer troca de conhecimentos.
E segundo Casas, seu trabalho desta forma, é menos solitário.
Imagens do restaurante KOSUSHI|SP.
O escritório que conta hoje com mais ou menos 40 pessoas entre SP e NY, onde há uma extensão do studio há dez anos, está sempre se renovando.
Este é o estímulo que torna o trabalho prazeroso, porque a surpresa do novo revitaliza a criação.
Imagens de residência em Itu|SP.
Para os novos e futuros arquitetos ele deixa um 'recado': "O dom para arquitetura é imprescindível, mas ser observador é o primeiro passo. Não desistir no princípio da carreira é fundamental, porque nenhum início é fácil, mesmo para as pessoas mais talentosas."
Imagens residência na Quintas da Baroneza|SP.
Espero que como eu, vocês se encantem com o que acabaram de ver e saber sobre o STUDIO ARTHUR CASAS.
Se quiserem conhecer um pouco mais, o endereço do site de onde retiramos todo o material para a matéria é: www.arthurcasas.com
Imagens de residência no litoral brasileiro.
Um abraço e até breve!