domingo, 26 de junho de 2016

Um retângulo em concreto e só!


Duas diretrizes determinaram uma linha de pensamento para a concepção deste projeto, a declividade do terreno e sua localização, dentro de uma área de preservação ambiental com vistas privilegiadas.
O que parece simples é também desafio.
A ventilação cruzada e a implantação de vegetação sobre a laje, impedindo a incidência de sol direto sobre o concreto, amenizou o calor absorvido pelo material.
Foi implantado também um sistema de captação de água pluvial para reutilização.
A iluminação natural é aproveitada em quase sua totalidade, as esquadrias de correr permitem uma integração total do exterior e interior e vistas generosas ganham a paisagem.
Outro desafio foi manter a continuidade do concreto aparente, sem que as marcas de sua execução ficassem gravadas marcando visualmente as etapas.
Sua textura teria que parecer uniforme como se fosse feita de uma só vez.
Sala e cozinha integradas, escritório, quarto, banheiro, e uma área de serviço independente, estes são os ambientes que compõem uma planta simples e racional, não menos poética.
Quando todos os espaços se abrem para o horizonte, a ideia de integração total com o universo ganha corpo e permite o desfrute de uma liberdade que só a 'poesia em concreto' pode oferecer com segurança.
É mais ou menos isso, onde todos veem formas, eu vejo poesia! Poesia em três dimensões...
Ficha técnica:
Projeto: 3.4 Arquitetura
Arquitetos: Diogo Santos, Rodrigo Fortes
Calculista: A4 Engenharia
Construção: Ulysses Poubel
Localização: Condomínio Solar da Serra, Brasília, Brasil
Ano: 2014
Área Terreno: 1.800,00 m2
Área Construída: 95,00 m2
Fotografia: Joana França

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