domingo, 8 de março de 2015

DOROTHY DRAPER & ZAHA HADID , duas mulheres a frente de seu tempo.

DUAS MULHERES INCRÍVEIS: A primeira decoradora do mundo e a arquiteta que revolucionou as formas.
DOROTHY DRAPER & ZAHA HADID – separadas por um século e um continente.
Dorothy Draper (1889-1969),nasceu em uma família da alta sociedade, vivia em Tuxedo Park (primeira comunidade fechada dos Estados Unidos), a 20 km de Manhattan. Seus pais e tios foram os principais construtores de Tuxedo e ela cresceu entre enormes candelabros e muitos rolos de papéis de parede. Casou-se aos 23 anos com o médico, George Draper e decorou ela mesma o apartamento do jovem casal. Na festa de inauguração, porém, um convidado encantado com o imóvel, fez ao casal uma proposta irresistível e ela logo teve que decorar o próximo, que não demorou a ser vendido pelo mesmo motivo.
A história sempre se repetia e ela decidiu que seu negócio não era vender imóveis, mas decorá-los. Fazia isso de forma amadora, até que depois de 17 anos de casamento passou por um divórcio difícil e se sentindo deprimida foi falar com o pastor, Norman Vincent Peale (1898-1993), autor do best-seller O poder do pensamento positivo. Amante da psicanálise, Norman parece ter alcançado um excelente resultado, pois Dorothy decidiu empenhar suas energias no trabalho e profissionalizou-se de uma forma tão dedicada, que chegava a interferir no desenho das caixas de fósforos colocadas em cima das mesas e nos monogramas dos papéis higiênicos, quando decorava um hotel.
E foi assim, que o mundo tomou conhecimento da existência desta mulher fantástica e pioneira na área do design.
O empresário, Joaquim Rolla, famoso pelos cassinos que mantinha no Brasil, como o Cassino da Urca, fez um convite para que ela viesse ao Brasil para decorar o “Cassino Hotel Quitandinha”, em Petrópolis, RJ.
O prédio em estilo normando-francês tinha seis andares com 50 mil metros quadrados, 440 apartamentos, 13 salões com até 10 metros de pé-direito (altura) e uma cozinha de 1.200 metros quadrados.
Uma piscina aquecida em forma de um piano de cauda,
uma pista de patinação no gelo e um lago com o formato do mapa do Brasil.
Pelo trabalho ela recebeu uma quantia de mais ou menos US$ 1,5 milhão de hoje, uma das menores despesas que ao todo somaram US$ 650 milhões de hoje.
Isto aconteceu em 1942 e em 1946, apenas dois anos depois de inaugurado, por decisão do novo governo Dutra, o jogo foi proibido no Brasil e o hotel, sem o cassino não se sustentou.
Em 1950, os apartamentos começaram a ser vendidos a quem se interessasse em comprá-los.
Em 2007 o SESC comprou todo o Quitandinha e realizou um excelente trabalho de restauração.
Dorothy Draper continuou seu trabalho decorando empresas, hospitais, hotéis e até interiores de aviões, reproduzindo a elegância e o luxo dos ambientes a que fora acostumada freqüentar desde criança.
Faleceu em 1969, aos 80 anos de idade e nunca parou de trabalhar, mesmo não sendo necessário. Deixou sua marca em grandes obras e escreveu seu nome na história da decoração e do design no mundo!
Amanhã conheceremos melhor a Iraquiana que reformulou a maneira de pensar a arquitetura, ZAHA HADID.

2 comentários:

  1. Informações fabulosas ( pelo menos para mim......Quitandinha faz parte de minha infância em Petrópolis!!!!!!!! e o Sesc ter comprado o imóvel ( imóvel ou "palácio"? ) foi uma enorme surpresa também......Parabéns. dona Cláudia

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    1. No início se chamava Hotel Cassino Quitandinha, depois passou a ser conhecido como Palácio Quitandinha. É lindo, já o visitei e é realmente belíssimo! Um beijo e obrigada.

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