domingo, 6 de novembro de 2016

ALEX HANAZAKI - Arquiteto por formação, Paisagista por vocação.


Alex Hanazaki é brasileiro, nascido em São Paulo, mas tem descendência japonesa.
Formou-se em arquitetura, mas escolheu o paisagismo para se dedicar de corpo e alma, faz isto brilhantemente.
O nome ocupa importante lugar, para a psicanálise. Identifica o sujeito.
“Hanazaki”, na origem japonesa, significa flor (hana) e crescimento (zaki).
Vamos abrir um parêntese para alguns conceitos psicanalíticos:
Para Foucault o nome é mais que uma indicação e se equivale a uma descrição, quando pronunciamos o nome de alguém, estamos diferenciando-o dos demais.
“Vocês sabem, como analistas, a importância que tem em toda análise, o nome próprio do sujeito. Vocês têm sempre que prestar atenção em como se chama seu paciente. Nunca é indiferente”. LACAN
Lacan nos diz que “o Nome Próprio é mais que um significado, é um significante”. A característica da nomeação é a de ser resultado de uma inscrição do significante no real. Não há existência anterior a nomeação.
“A identificação é conhecida pela psicanálise como a mais remota expressão de um laço emocional com outra pessoa” FREUD.
Voltemos ao paisagismo.
“O desafio de criar o jardim é fazer com que a pessoa permaneça nesse espaço”, explica o paisagista que está à frente de um escritório em São Paulo que trabalha com projetos comerciais e residenciais.
Eu adoraria passar horas e dias em lugares tão lindos e aprazíveis!
As formas, cores e texturas ganham significado vivo na paisagem dos jardins projetados por Hanazaki.
Minimalista e cuidadoso em todos os detalhes, sua obra evidencia sua origem cultural.
Espaço projetado para Casa Cor SP 2016 - Praça Eliane Revestimentos
A maneira como ele dispõe objetos e divide os espaços se integra aos jardins de uma forma tão lógica, que parecem desenho e obra da natureza.
O mesmo projeto para 'Mostra Black' na versão dia e noite, para evidenciar a atenção que Alex Hanazaki dedica à iluminação.
Este projeto em Bragança Paulista, foi vencedor do primeiro lugar na categoria Paisagismo em Projetos Residenciais, na premiação da Sociedade Americana de Arquitetos Paisagistas (Asla) 2014.
São três níveis de jardins, distribuídos em seis mil metros quadrados, com um campo de futebol no patamar mais baixo.
A piscina, desenhada pela arquiteta, Débora Aguiar (autora do projeto arquitetônico), ganhou iluminação especial em Led, assim como todo o jardim, composto por diversas espécies de plantas, como: capim-do-texas, jabuticabeiras, árvores pau-ferro e um grande bambuzal.
Fotografias de : Beto Reginik.
Se todo empreendimento imobiliário se preocupasse com acessibilidade e harmonia botânica, a cidade além de mais humanizada e acolhedora, se tornaria mais bonita e confortável.
Transformar grandes metrópoles pode ser simples se cada um de nós se dispuser a olhar para seu espaço em particular e fazer uma pequena parte...
Podemos sonhar?

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